quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Todos na Missão - Sem excessão!




Interessante perceber como existe uma grande diferença em nossas igrejas quanto a definição de missionário e leigo. 

Há algum tempo atrás li o livro “Fábrica de Missionários” do Rubem Amorese no qual essa questão é bem trabalhada e questionada. O autor explica que o uso das palavras leigo e missionário trazem grandes limitações. 

A primeira desqualifica a grande maioria dos cristãos, colocando-os numa categoria de meros coadjuvantes na tarefa missionária da igreja. A segunda qualifica uma pequena minoria como sendo os únicos sobre quem pesa a responsabilidade de realizar esta tarefa.

Com isso, observa-se um grupo minoritário de pessoas, os missionários, com uma forte conviccão de chamado, estudando, preparando-se, consagrando-se à missão e envolvidos com a igreja. Enquanto que a grande maioria, os leigos, ocupam-se de alguma “missão” apenas aos domingos e levam a vida sem nenhuma preocupação com o preparo, pois não reconhecem que seu ambiente profissional e familiar são parte do chamado.


Creio que precisamos resgatar o chamado de Cristo! Chamado para ser Sua testemunha em todos os lugares, até os confins da terra. Esse chamado envolve todos os cristãos independente se enviados para uma região distante ou para exercer alguma profissão na cidade.


Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. At. 1.8

Através desse chamado, todos os profissionais devem ser instrumentos de Deus para realizar sua missão no mundo, por meio do exercício de suas profissões e no ambiente em que atuam. Inclusive, porque profissionais, na maioria das vezes, conseguem atuar e alcançar pessoas que o missionário tradicional jamais teria possibilidade.

A Missão Transformadora está ocorrendo e os missionários não são apenas os outros que enviamos para um país distante, mas sou eu e você! E o campo da missão são todos os lugares e oportunidades de realizar alguma coisa para o Reino de Deus. Não se trata apenas de projetos missionários em que alguns poucos se envolvem, mas de uma consciência missionária para a qual todos são chamados.

Pr. André Saldiba


Coordenador de missões e vocacionados - IBMorumbi/SP

MISSIONÁRIOS E/OU LEIGOS (tema original)

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Meu irmão (com enorme e santo orgulho) e agora colega na jornada do pastoreio do rebanho (rumo à obediência da Grande Comissão de Jesus Cristo nesta geração).

A disciplina da comunhão


“Não havendo sábia direção cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança”. Pv. 11.14



Uma das tentações dos cristãos pós-modernos é prescindir da comunidade. E isso custa caro! 

Hoje é muito comum encontrar pessoas que se dizem seguidores de Cristo, mas criticam e chegam até detestar a igreja e os “crentes”. 

Será mesmo possível ser discípulo sem partilhar a vida na comunidade de Cristo? Leia o que disse muitos séculos atrás um sábio pai da igreja.

“Não há nada mais destrutivo do que tentar dirigir-se a si mesmo. Por esta razão é que nunca me permiti seguir meus desejos sem procurar conselhos. Olhem bem o que está escrito (no verso acima). Vejam o que as Escrituras nos ensinam: não devemos nos estabelecer como nossos próprios guias; não devemos pensar que somos sábios, nunca devemos pensar que podemos orientar a nós mesmos. Precisamos da ajuda dos outros; precisamos de orientação, alem da graça de Deus. Ninguém é mais pobre e mais indefeso do que alguém que não tem quem o guie pelo caminho de Deus. As escrituras dizem: ‘Não havendo sábia direção cai o povo’. As folhas sempre são verdes no início, crescem rapidamente e são agradáveis a vista. Pouco depois, secam e caem e, por fim, são levadas pelo vento e pisadas. Assim é a pessoa que não é orientada por outra. No início, tem grande fervor para jejuar, vigiar em oração, estar em silencio, obedecer e outras disciplinas cristãs. Pouco tempo depois, o fogo se apaga, e sem ter quem o guie e apoie, e acenda o fogo de novo, ela seca e tornando-se desobediente, cai e finalmente se torna ferramenta nas mãos dos inimigos que fazem o que querem com ela”.

Será que você está negligenciando a Disciplina da comunhão? Está sendo seguidor de Cristo ao seu modo? Ou como descrito nas Sagradas Escrituras?

Cuidado com a autonomia! Atenção ao orgulho! Não abra mão da comunhão com o Pai e Sua comunidade. Tenha certeza, isso fará grande diferença para a sua alma e seu futuro.

Pr. Zé

Fé e Cidadania


A IGREJA E O VOTO

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O outubro está se aproximando e com isto nosso senso de responsabilidade com o Brasil se aguça. Não apenas o senso de responsabilidade da igreja com o Brasil, mas do cidadão com o Brasil, especialmente aquele que também é cidadão do Céu.


Quem vota não é a igreja, mas o cidadão. Não é papel da igreja adotar um candidato ou um partido, mas orientar sobre como votar, orar pelos governantes, confrontá-los com respeito bem como reconhecê-los em seus acertos. Por isso, precisamos ter em mente algumas coisas:


1. Deus nos deu o privilégio de viver em um país democrático. Votar é um privilégio e responsabilidade para ser exercida com consciência.


2. Não podemos esperar que todos ou um único candidato ou partido encarne os valores do Reino de Deus em seu programa de governo ou político.


3. Nenhum partido tem o privilégio de ser o partido do mal nem outro ser o partido do bem. Todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3.23).


4. Ao escolher um candidato, em oração, devemos ter em mente perguntas relacionadas com temas que estão sendo discutidos ou serão discutidos nos próximos quatro anos:


- Ele(a) é a favor ou contra o aborto?
- Qual a posição dele(a) quanto às questões envolvendo a sexualidade dos indivíduos?
- Qual a posição ou luta do candidato(a) no que diz respeito a justiça social e à corrupção?
- O candidato(a) demonstra compromisso com os valores da democracia e liberdade de expressão?
- O candidato demonstra coerência com a liberdade religiosa que nossa constituição prevê?
- O candidato(a) tem um plano para cuidar melhor do planeta?


Ore e vote com fé
Neste momento não podemos votar sem termos as informações que precisamos para fazer uma escolha sábia. Por isso pesquisemos e em um exercício espiritual também façamos nossa escolha, uma escolha pessoal e com temor a Deus (Provérbios 1.8).


Ao mesmo tempo, levantemos nossas orações pelos governantes como diz a Palavra (1 Timóteo 2.1,2), pois isto é agradável ao Senhor.

Presbitério da Igreja Batista do Morumbi-SP
Publicado com Permissão http://www.ibmorumbi.com.br/

Vale pra essa ELEIÇÃO sim!



Decálogo do Voto Ético


I. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País, Estado e Município;

II. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade noutra direção;

III. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, a bem de sua credibilidade, o pastor evitará transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário;

IV. Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, representantes das correntes partidárias possam ser ouvidos sem preconceitos;

V. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil impõe que não sejam conduzidos processos de apoio a candidatos ou partidos dentro da igreja, sob pena de constranger os eleitores (o que é criminoso) e de dividir a comunidade;

VI. Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidos com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam também pela dimensão político-institucional. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político de fé evangélica tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um "despachante" de igrejas. Ao defender os direitos universais do homem, a democracia, o estado leigo, entre outras conquistas, o cristão estará defendendo a Igreja.

VII. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um evangélico político votou de determinada maneira porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades, tratamento especial perante a lei ou outros "trocos", ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais "acertos" impliquem na prostituição da consciência cristã, mesmo que a "recompensa" seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Jesus Cristo não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz.

VIII. Os votos para Presidente da República e para cargos majoritários devem, sobretudo, basear-se em programas de governo, e no conjunto das forças partidárias por detrás de tais candidaturas que, no Brasil, são, em extremo, determinantes; não em função de "boatos" do tipo: "O candidato tal é ateu"; ou: "O fulano vai fechar as igrejas"; ou: "O sicrano não vai dar nada para os evangélicos"; ou ainda: "O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos". É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos.

IX. Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: "o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto", é compreensível que dê um "voto de confiança" a esse irmão na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. Entretanto, é de bom alvitre considerar que ninguém atua sozinho, por melhor que seja o irmão, em questão, ele dificilmente transcenderá a agremiação política de que é membro, ou as forças políticas que o apoiem.

X. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.



Fonte: AEvB, 1994.



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