Se você faz apenas para ser visto pela torcida... cuidado! |
Não importa o esporte que jogarmos, os mais bem-dotados
e com grande técnica individual, sempre serão os mais queridos do público.
Eleito o melhor do mundo em 99 |
Rivaldo, um grande
jogador de futebol brasileiro, pode nos servir de exemplo. Foi tão querido,
que corria o risco de jogar mais para a torcida do que para a equipe. Se
jogarmos para nossa própria honra esta será a maneira mais fácil
de desequilibrar a equipe.
Em todas as situações da vida, nós corremos o risco de
atuar para sermos observados: em nosso colégio, no trabalho, nas relações
familiares, na igreja e com os amigos. Escondemos o que realmente sentimos
para sermos gênios da aparência. Somos capazes de viver representando
diante de todo mundo.
Aparentamos ser bons estudantes, melhores amigos, que
amamos nossa família e ainda aparentamos ser muito espirituais. Queremos
que outros nos vejam e elogiem. Quando alguém diz, “É que você é tão bom,
tão compreensivo, tão…”, parece que temos o mundo aos nossos pés.
E o mais perigoso de tudo, é que só fazemos aquelas
coisas que sabemos que as pessoas vão admirar.
Talvez não nos importe o que é certo, justo ou
verdadeiro. O que nos importa é nos sairmos bem no assunto; sermos
elogiados, queridos e apreciados.
Será que nos importamos quando enganamos os outros? Será
que nos importamos quando os outros sofrem as consequências de nossas
ações? Será que nos importamos se nos tornamos mais e mais orgulhosos de
nós mesmos? O que realmente nos importa é representar para a torcida.
A pessoa que não é capaz de ajudar aos outros, que não é
capaz de buscar o bem comum e só busca a satisfação individual, não merece
ser compreendida. Por outro lado, quando nós mesmos queremos as glórias
dos prêmios pelo que fizemos, estamos pedindo que o mérito permaneça
num lugar muito frágil — nós mesmos — e esquecemos que só Deus merece
a glória.
De uma vez por todas devemos deixar de representar para
a torcida, e dar o nosso melhor para os outros, mas principalmente, para a
glória de Deus.
DEVOCIONAL
por Jaime Fernández Garrido
Foto: Folhapress