domingo, 27 de novembro de 2016

O Guarda-chuva Vermelho



A seca parecia não ter fim, e uma pequena comunidade de fazendeiros do meio-oeste estava em dúvida sobre o que fazer. A chuva era importante não apenas para manter a plantação viçosa, mas também para prover meios de subsistência para os habitantes da cidade. Quando o problema se tornou mais urgente, a igreja local achou que era tempo de envolver-se e planejou uma reunião de oração para pedir chuva.

Como nos antigos rituais dos indígenas norte-americanos, as pessoas começaram a chegar à igreja. Em breve, o pastor também chegou e observou sua congregação afluindo para o local. Ele foi passando lentamente de grupo em grupo, enquanto se dirigia ao púlpito para iniciar oficialmente a reunião. Todas as pessoas que ele encontrou estavam conversando, apreciando a oportunidade de rever os amigos. Quando o pastor postou-se diante do seu rebanho, sua prioridade era silenciar o povo e dar início à reunião.

Assim que ele começou a pedir silêncio, ele observou uma menina de 11 anos sentada na primeira fileira. Seu rosto angelical brilhava de alegria e, a seu lado, havia um lindo guarda-chuva vermelho, pronto para ser usado. A beleza e a inocência dessa cena fez o pastor sorrir para si mesmo quando ele se deu conta da fé daquela menina, uma fé que o restante das pessoas parecia ter esquecido. Todos haviam comparecido para orar por chuva... ela, para presenciar a resposta de Deus.[1]

Paulo, em sua segunda carta aos Coríntios, diz que nós andamos por fé e não por vista (II Co 5.7). Por que? Porque a razão humana é limitada e incrédula. Infelizmente, nós sofremos uma forte influência do racionalismo secular e, na melhor das hipóteses, tudo o que fazemos é planejar e pedir que Deus abençoe aquilo que a nossa razão delimitou.

Deus não se impressiona com os nossos melhores planos, ainda que planejar seja necessário. Todavia, ele se torna frágil diante de uma fé genuína, como a de uma criança. Lembra da mulher siro-fenícia? Depois de vencer o fato de ser ignorada e ofendida, Jesus se volta para ela e diz: “Mulher, grande é a sua fé! Seja conforme você deseja". E naquele mesmo instante a sua filha foi curada (Mt 15.28).

Ao celebrarmos mais um aniversário é preciso lembrarmos o papel da fé bíblica ao longo da história do cristianismo. Milhares de cristãos viveram e morreram por essa fé. Também, “foi por ela que os antigos receberam bom testemunho” (Hb 12.2). Da mesma forma, é por essa mesma fé que nós vivemos e damos testemunho diante de Deus e dos homens. Portanto, se formos orar por chuva, é melhor levarmos um guarda-chuva conosco; em outras palavras, se formos falar de Jesus, é indispensável que creiamos em milagres.   Deus vos abençoe!


Pr. Gilson de Souza



[1] Alice Gray. (Organizadora). Histórias para o Coração. (São Paulo, SP – United Press), p. 100.

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