A comunhão com Deus é indescritivelmente maravilhosa. Ele (Deus)
se relaciona com os seus redimidos em uma comunhão fácil e desinibida, que é
repousante e curativa para a alma... Ele espera de nós apenas o que antes nos
deu... Ele nos ama como somos e valoriza o nosso amor mais do que as galáxias
dos mundos recém-criados.
Infelizmente, muitos cristãos... servem a Deus de maneira amedrontada e relutante como o irmão mais
velho (da parábola contada por Jesus), fazendo o que é correto mas sem o
entusiasmo ou alegria, e parecendo completamente incapazes de entender a celebração alegre e festiva,
quando o pródigo volta para casa. A
ideia que eles (os cristãos “irmão mais velho”) têm de Deus descarta a possibilidade
de que Ele esteja feliz com o seu povo e eles atribuem os cânticos e o clamor a
um puro fanatismo...
Como seria bom se conseguíssemos aprender que é fácil viver
com Deus. Ele se lembra da nossa constituição e sabe que somos pó. Às vezes,
Ele pode nos castigar (corrigir), isso é verdade, mas mesmo isso, Ele faz
com um sorriso, com o orgulhoso e tenro sorriso de um Pai, que está explodindo
de prazer por um filho imperfeito, mas promissor, que a cada dia se parece mais
e mais com o seu Pai.
Alguns de nós somos religiosamente nervosos e envergonhados...
Não precisamos nos sentir assim. Deus é a soma de toda paciência e a essência
da gentileza e da boa vontade. Nós o agradamos, não quando tentamos
freneticamente nos tornar bons, mas quando nos laçamos aos seus braços, com
todas as nossas imperfeições, e crendo que Ele entende tudo, e ainda assim, nos
ama.
A. W. Tozer, The Root of
the Righteous