segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Organismo ou Organização?




O mês de fevereiro (1982) foi marcado pela inauguração do templo (da igreja Aliança de Rudge Ramos) e já em dezembro daquele mesmo ano dez pessoas foram batizadas. Entre eles, o jovem Jurandir Itizo Yanagihara, aquele que viria a se tornar no futuro, o segundo pastor nikkey da igreja à partir de 1991, e um importante líder das igrejas nikkeis da Aliança Cristã e Missionária Brasileira. 

Com isso damos conta de que no mesmo tempo que se dava a provisão do templo físico o Senhor dava também a provisão de vidas, dando o devido equilíbrio entre organização e organismo para que a igreja seja o templo espiritual de Deus neste mundo: 

“... vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.” (1 Pedro 2:5)

Damos graças a Deus pelo templo físico, que continua de pé até hoje, maior e melhor acabado do que no dia da dedicação, embora esteja precisando, pela ação do tempo, de uma boa reforma. Ele tem sido muito útil e continuará sendo, para acolher e reunir as pessoas em torno de Jesus, da Sua Palavra e do ministério da igreja. Contudo com o passar das décadas, como a própria História da Igreja nos mostra desde Constantino, a construção de templos podem potencializar o engessamento da organização da igreja, minando seu organismo e a vida do Espírito no seu interior.

Sabemos que ambas são necessários, isto é, a organização tanto quanto o organismo. No entanto reconhecemos também que a organização foi feita para o organismo, e não o contrário, o organismo para a vida. Assim a Bíblia foi dada para a vida e não a vida para a sua Bíblia, ou em outras palavras, a lei foi feita por causa do homem e não o homem por causa da lei (Mc. 2.27).

Se não vigiarmos a ordem original das coisas pode se inverter, sem que percebamos. Por isso, ao mesmo tempo em que valorizamos o que o Senhor nos tem dado, não podemos deixar de sentir certa necessidade por um movimento de volta aos lares e aos pequenos grupos onde a vida de Deus possa brotar de modo mais orgânico e espontâneo, conforme havia ocorrido no início durante as primeiras duas décadas da história da Igreja Aliança de Rudge Ramos.
Como o apóstolo Paulo bem pontuou em sua pregação no areópago de Atenas a respeito de certo altar ao “Deus Desconhecido”:

“... pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio. ‘O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor do céu e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas.’” (Atos 17.23-25)



Pr. Joel Jun Konno, Memória em Movimento – Quando a História e a Bíblia se encontram iluminando a vida hoje (trecho do capítulo 17: A Consagração do Templo; páginas 93-95).

domingo, 1 de janeiro de 2017

O SEU presente de cada dia



O Deus que se revela nas Escrituras Sagradas é Deus de milagres... Ele age e interfere em Sua criação... mostrou o Seu poder no deserto... milagrosamente sustentou com o maná que caia do céu... a provisão bondosa do Deus amoroso.

Todavia, quando o maná caía era necessário recolhê-lo... A ordem divina foi clara: “Disse, porém, o Senhor a Moisés: eu lhes farei chover pão do céu. O povo sairá e recolherá diariamente a porção necessária para aquele dia” (Ex. 16.14). Simplesmente extraordinário e fascinante!

O poder de Deus e Sua ação graciosa jamais limitaram a responsabilidade humana... a atitude humana foi exigida e solicitada... foi definida na linha do tempo: diariamente. Era preciso recolher o maná a cada dia!

Deus enviou o maná ao povo por quarenta anos para mostrar-lhes provisão, bondade e graça. O maná era um presente diário, mas era preciso recolhê-lo. Assim, mostrariam sua obediência a Deus e também sua dependência diária do Senhor. Era um exercício espiritual importante e necessário para a vida...

Nosso desejo e oração é que nossos amados leitores “saiam” diariamente em busca desse “maná no campo” e desfrutem deste Presente Diário... e que esse alimento baseado nas Escrituras Sagradas possa continuar abençoando vidas.


Pr. Luiz Sayão (trechos da apresentação do livro Presente Diário edição 20, ano 2017)

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