Na concepção de muitas pessoas a igreja local é uma
espécie de clube. O interessado se torna sócio e paga a mensalidade para
manter essa condição. Outros encaram a igreja como um hospital. Só
procuram a igreja para serem curados de algum mal.
Para alguns outros, a igreja local é uma empresa. Com
seus chefes, subordinados e “funcionários”, tudo organizado em níveis de
hierarquia e autoridades. A igreja pode ser também uma sociedade secreta.
Os “de fora” não tem acesso aos seus ensinos. Pode ainda ser “o lugar onde
se fica rico e ter os pedidos atendidos”, se for pago o suficiente nas
ofertas (claro).
Infelizmente, para outros, a igreja é uma rotina, uma obrigação
a cumprir, pois se não participarem, pelo menos assentados no banco, o “patrão”
ficará zangado, ou ainda, eles não terão aceitação da família e dos amigos.
Mas a Bíblia, porém, deixa claro que a igreja local é outra
coisa. A igreja é uma família, um Corpo no qual todos são amados e
importantes. Um lugar de crescimento, de comunhão e de exortação para o
aperfeiçoamento. Um edifício, no qual todos os membros trabalham
para o crescimento e edificação mútua.
Não há na igreja grupos privilegiados, ou mais amados por Deus.
Todos possuem dons que são úteis para os demais. Todos devem ser cuidados, amados
e aproveitados para o Reino de Deus.
Enfim, a igreja é
o canal por onde Deus comunica seu amor e sua majestade às nações. A
igreja é a continuidade da comissão, desde Israel (Ex. 19.5 e 6), conforme o
apóstolo Pedro:
“Vocês, porém, são
geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram
povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas
agora a receberam.” (1 Pedro 2.9,10)
A igreja, portanto, é um grupo de redimidos que vibram com a graça de Deus que receberam e são gratos pela misericórdia no
sacrifício de Jesus. São cheios do amor
que Deus lhes derrama nos corações.
É um grupo de pessoas cheias do Espírito Santo, o
qual veio para lhes dar poder, a fim de que possam fazer missões (At.
1.8). A igreja tem que crescer,
acrescentar “pedras à sua construção” e chegar
à maturidade espiritual sem sofrer abalo e convicta de sua doutrina, vida e missão. A igreja deve ser dinâmica e relevante para que o
mundo veja que seu Deus a ama.
O missionário precisa ter fortes convicções quanto ao
significado da igreja local... Pois, o contato de longo prazo, o aprendizado
da Palavra, a vida em Comunidade, e o crescimento mútuo de cristãos que se amam
e ajudam uns aos outros a viver dignamente no Senhor é a melhor escola missionária.
Precisamos de missionários vindos de igrejas saudáveis e bíblicas, que possam multiplica-las ao redor do
mundo repetindo o que aprendeu na prática (e “na pele”) dentro da sua igreja
local.
Bárbara Burns e Jonas Machado – Parte do artigo “O Papel da
Igreja Local no Preparo do Missionário” – Publicado no livro Perspectivas,
Editora Vida Nova, 2009.
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