Muitas pessoas falam que o Sermão do Monte, que começa com as bem-aventuranças, é um belo ideal, mas totalmente impraticável, sendo assim inalcançável. Mas a essência do Sermão do Monte foi o apelo de Cristo aos seus seguidores para serem diferentes de todos os demais. “Não sejam iguais a eles”, disse Jesus (Mt. 6.8).
O que Jesus apresentou e proclamou no Sermão do Monte deve
ser uma contracultura, exibindo todo um conjunto de valores e padrões distintos,
chamando os seguidores de Jesus em todas as épocas a uma decisão radical de
confiar e seguir Cristo, o fundamento da vida (Mt. 7. 21-27).
As oito bem-aventuranças (estudaremos nos
próximos dois meses), assim como os frutos do Espírito descritos por Paulo em
Gálatas 5, devem caracterizar a vida dos seguidores de Jesus Cristo. Quando ele
os denomina bem-aventurados, abençoados ou makarios (grego), pode significar também
“felizes”, com isso Jesus não está fazendo um juízo subjetivo (aquilo que
sentimos), mas um juízo objetivo (aquilo que Deus pensa).
Se por um lado as quatro primeiras bem-aventuranças dizem
respeito ao nosso relacionamento com Deus, por outro as quatro últimas se
referem à nossa relação com as pessoas e a sociedade.
Portanto, vamos entender melhor que a contracultura de
Jesus Cristo está em franca oposição às culturas da sociedade, pois Jesus surpreendeu seus seguidores parabenizando aqueles que a sociedade considerava pobres
coitados, e chamou os rejeitados da sociedade de abençoados, bem-aventurados!
Aprendamos com Jesus e sejamos hoje abençoados,
bem-aventurados!
Pr. Zé
– Adaptado de John Stott, A Bíblia toda o ano todo.