sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Entre estações e conjugações

         Ao usar o futebol como uma ferramenta útil ao evangelho, três verbos precisam ser praticados em estações três subsequentes. São verbos e estações fundamentais na Missão do Pai enquanto brincamos e nos divertimos, caminhamos e desfrutamos, servimos e testemunhamos.
O primeiro verbo: Jogar! Quem “joga” está presente. Muitos sabem do potencial do futebol e do esporte em geral para o ministério cristão, mas são poucos os que intencionalmente estão presentes. Entrar em campo, na quadra, na pista, enfim, no local da competição ou recreação para desenvolver relacionamentos é o primeiro passo. Sem a presença não haverá amizade. Sem relacionamento não acontecerá o testemunho. A primeira estação, portanto, é a estação da Presença!     
Conjugar este verbo é nutrir uma aproximação natural, mas também intencional com os jogadores ou companheiros de lazer. O olhar, os gestos, a atenção, a simpatia e as palavras são instrumentos para vencer a distância, iniciar amizades até alcançar o coração. Jogar, então pode ser o pontapé inicial de um importante caminho a ser percorrido com alegria e naturalidade.
O segundo verbo: Falar! Quem está presente e tem o que dizer, naturalmente irá se comunicar. Uma abordagem pessoal a cada jogador de uma equipe (antes, durante ou após o jogo) tem o poder de surpreender e causar impacto. A entrega de um presente, uma parte das Escrituras, mais algumas palavras de encorajamento a um relacionamento com o Criador da vida, mantenedor da saúde física e espiritual, quase sempre causa inquietação e perguntas.
Na estação Palavra (muitas vezes, ditas até mesmo no intervalo de uma partida) com a sensibilidade e ousadia, o Evangelho pode ser colocado de forma natural e preciso para gerar curiosidade e interesse no esportista.
E finalmente, o terceiro verbo a conjugar: Orar! Em cada momento, (ateé mesmo enquanto se joga) a oração completa o ciclo sendo decisiva. Mais do que qualquer outro verbo (e ao contrário do que comumente se pensa), a oração indica imprescindível ação; Um canal para a verdadeira transformação. Além do que, a oração desperta atos criativos e oportunidades incríveis na alma de quem ora, tocando o coração e produzindo circunstâncias inimagináveis.
A maioria das equipes no Brasil, mesmo as amadoras, tem por hábito orar antes e ao término da partida, no vestiário. Para aqueles que cultivam a atitude missionária no futebol é a estação mais receptiva para a colheita. Um apelo, encorajamento ou pergunta pode repercutir para a eternidade nesta estação Poder.   
Concluindo, no ministério de futebol, a grande vitória é a santa Semente sendo semeada, literalmente, plantada nos corações! Especialmente quando semeada, com humildade, simplicidade e ousadia, como Jesus nos ensinou! 
Quando um grupo de cristãos se conectam para conjugar estes três precisos e preciosos verbos: JOGAR, FALAR e ORAR, caminhando naturalmente com alegria pelas três estações do campo de missão: Presença, Palavra e Poder, a colheita é uma questão de tempo.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Invista nas crianças da ONG Geração Vida Nova!




ONG Geração Vida Nova 
tel: 11 5531-3582 | cel: 7810-6770 

Um ENCONTRO apenas



A oração toca o coração, 

A compaixão e a verdade se abraçam, 


Assim o Criador Soberano encontra um coração fiel.

O quebrantamento produz obediência, 

Os relacionamentos experimentam a cura, 


O trabalho é completado! 

Assim a Palavra de Deus alimenta o coração dos Seus!

 
No princípio a notícia soou como um chamado, 

A Aliança se cumpriu em oração e trabalho. 


Numa noite escura da alma vem o avivamento, 

Um povo no mundo do “eu” transforma-se em família de Deus!


Poderá este milagre se repetir? Sim, 

Se hoje a minha alma se render a compaixão de Deus! 


Um encontro, apenas um encontro, 

Cada dia um encontro, basta um encontro!



     Foi refletindo sobre o encontro de Neemias, primeiro com  Hanani seu irmão, e depois com Deus, que escrevi estas palavras. Certamente, não sou Neemias (muito longe disso), nem nossa igreja se acha Israel. Mas as Escrituras Sagradas sempre nos inspiraram, e ainda hoje, quando Deus deseja fazer algo, basta um encontro! 
     O enredo é fascinante! Depois de encontrar Deus em oração Neemias vai ao encontro do rei, e finalmente, ao encontro dos seus irmãos em sofrimento e desolação. Em obediência ao chamado, mais do que um muro ao redor da cidade, Neemias constrói ânimo. Resgata a esperança no futuro de Deus. Restitui a alegria de ser comunidade peregrina. 
     Foi assim que o avivamento da alma produziu união e trabalho. Luta física, psicológica e espiritual foi travada. E o milagre aconteceu: um povo humilhado e sem forças muda sua história. Tudo começou com um encontro, e de dentro pra fora, uma nova história!
     Cada dia um encontro (é o que eu preciso hoje e sempre) e uma experiência renovada a compartilhar. Sim Deus é suficiente!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E NATAL, há motivos eternos para festejar!




"Mas o anjo lhe disse: "Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus! ...Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo... Ele reinará para sempre... seu Reino jamais terá fim". Lc. 1:30, 32-33.
  
Não há o que temer, Ele veio até nós! Deus se faz presente e acessível na figura de um pequenino que só nos atrai. Infelizmente, muitos ainda temem. Outros até rejeitam Aquele que deveriam ser eternamente gratos. Outros, mesmo compreendendo a graça, intelectualizaram-na. E, muitas vezes, decidiram virar as costas. Distantes, temerosos mantiveram seus corações em repugnante desobediência, menosprezando o incalculável gesto de amor do Criador.

Não, Ele não pretende assustar! E agora, muito menos julgar ou impressionar, como quando fez contato numa sarça fumegante, ou com uma mão escrevendo na parede, ou ainda através de seus muitos anjos mensageiros na história. Não, de fato, é Ele Mesmo que em carne e osso veio até nós! Ele chegou pra salvar sim, mas com um propósito muito, muito além.

Ele quis sim ensinar outro jeito de viver a vida. Ele apresentou e presenteou o dom da nova vida. Inaugurou O reino, não a imitação que as pessoas tanto perseguem e que hoje as escravizam. Ele completou Sua obra prima na Cruz e finalizará com Seu governo para sempre. O real e verdadeiro mundo, pelo qual vale a pena viver, lutar, recriar em Sua companhia permanecerá! 

À família Aliança Aeroporto, a você meu amigo, aos meus queridos e amados pelos Campos da vida (os que estão perto e os que estão longe), a todos vocês, o nosso carinho e agradecimento por mais um ano juntos! Mais um Natal na melhor e mais valiosa companhia: Jesus Cristo, não mais um pequenino, mas o grande Rei e Filho do Altíssimo que em breve voltará com justiça para toda Sua preciosa criação, e plenitude da vida de Deus para Sua amada Igreja!

Festejando o maior milagre – Jesus entre nós – e cada um dos seus incontáveis milagres em nós em 2010. E, “vivendo o chamado de Cristo juntos”, no poder do Espírito Santo, para glória do Pai,                                                                                                                                 

Pr. Zé, Glau, Isabela e Giulia.

Guerreiro Menino

Walnei e Zé os irmãos Freitas no clássico


Um homem também chora...
Guerreiros são pessoas
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem perfeitos

É triste ver este homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que traz no peito
Pois ama e ama
Um homem se humilha
Se castram seu sonho

Seu sonho é sua vida
E a vida é trabalho
E sem o seu trabalho
Um homem não tem honra

E sem a sua honra
Se morre, se mata
Não dá pra ser feliz

Não dá pra ser feliz


Saudades da minha terra! 

Saudade de minha família, meus amigos, nossa igreja, minha bola, muitas histórias... 

Por coincidência, ou como diria um amigo, "Cristocidência" falei nesta manhã com um amigão de infância.

Um dia destes me lembrei desta composição do Gonzaguinha popularizada na voz do cantor Fágner. Parte da letra teve a ver com minha história. 

Fui um adolescente bem chorão. Meu pai brincava com isso, e de fato, tentava me ensinar sobre a vida. Mas foi no campo de futebol que aprendi melhor...

A lição maior foi no "clássico máximo" do futebol da cidade: Mineiros Esporte Clube - MEC versus Santos FC de Mineiros, onde o meu irmão mais velho Walnei jogava de um lado, e eu (o "Zé Cai cai"... rsrs) do outro. Um verdadeiro "duelo" de velhos tempos que inflamava a nossa pequena cidade. Este jogo, na verdade, creio eu que foi o último de uma emocionante "saga".

Ah, foi sim uma derrota amarga! Acho que de virada, não me lembro bem. Só me recordo de um penalti que tocou a trave e dali por diante o time sofreu uma "pane geral". Saí chorando de campo, consolado pelos colegas, acredito que aquele foi meu último choro de menino. 

Mas apesar de triste, guardo uma terna lembrança de um tempo bom que me fez crescer como pessoa

Guardo comigo esse evento que ainda hoje tem o poder de "trazer de volta" o menino guerreiro que aprendeu, sonhou e se apaixonou de vez pelo avanço do Reino, e se dedicou aos campos do Rei, e que ainda hoje, por Sua graça e poder segue aprendendo cada dia.   


Notas do NATAL de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Inspiração para o coração


“A Lei do Senhor é perfeita e revigora a alma.” Sl.19:7
Ao acordar costumo dirigir meus primeiros pensamentos a Deus louvando seu nome. É uma prática pessoal para não me perder nas diversas preocupações que tentam invadir a minha mente nos primeiros instantes do meu dia; O que me tornaria ansioso e preocupado.
É inevitável pensar nos desafios do dia. Mas procuro fazer isso na companhia do Pai. Oro visualizando a minha agenda de compromissos do dia. Isso, antes e durante meu tempo de higiene pessoal. Os primeiros momentos são determinantes e influenciam muito o andamento do meu dia. "Cada um com as suas manias". Eu procuro me mover lentamente, e sem pressa. Enquanto escovo os dentes, faço a barba e me dirijo a cozinha, continuo meu “ritual” de todas as manhãs.
Como em minha casa quase sempre sou o primeiro a acordar, aprecio o silêncio. Dá até pra ouvir os pássaros cantando nas árvores ao redor (isso mesmo, no Jabaquara, em São Paulo eles também cantam...). Coloco a água no fogo para o café. Oro por mim mesmo, pela minha família e por situações que Deus traz a minha mente naqueles primeiros momentos do dia. Enquanto a água esquenta e o café passa, começo a abrir Palavra de Deus no texto do meu devocional (este ano, “Em Missão com Deus”).
Quase sempre leio um trecho curto. Não tenho pressa. Apenas o suficiente para gravar e continuar refletindo e orando. Às vezes escrevo em meu caderno, na forma de lições ou princípios que Deus está me ensinando.  Outras vezes, em forma de uma simples oração.
Raramente fujo da rotina de priorizar a Palavra de Deus, o silêncio, a solitude e a oração nas minhas manhas. Infelizmente, nem sempre é possível esta rotina. Por isso às vezes preciso sair rápido, entrar no carro e chegar no trabalho ou encontrar alguém. Mesmo assim, evito ligar o rádio (quase automático para um paulistano por conta do trânsito). Procuro manter meu pensamento em Deus. Às vezes coloco uma música reflexiva. Oro entregando minha vida e família nas mãos do Pai e Pastor da minha alma.
Compartilho esta minha maneira de dar atenção e vigor à minha alma. Sou o templo vivo que o Senhor habita. O Espírito Santo é o meu guia. Portanto, nas palavras de Philip Yancey, “Preciso ter a intenção de edificar para o Senhor um lugar proeminente em minha vida.”
Pr. Zé

domingo, 28 de novembro de 2010

Um novo local para um ANTIGO E SINGULAR DESAFIO

Porque transbordarás... Is. 54.3

O ano de 2010 representou uma enorme aventura para a família Aliança Aeroporto. 

Especialmente, em três áreas: finanças, missão e liderança.

1. FINANÇAS: Deus fez um grande milagre, bem diante de nossos olhos. Pode uma igreja de pouco mais de duzentas pessoas investir mais de um milhão de reais no avanço do reino de Deus em apenas um ano? Não, não há explicação humana, muito menos econômica. Puro milagre! Um magnífico investimento, fruto do imenso poder de Deus em favor de uma comunidade que simplesmente agiu por fé e obediência.

2. MISSÃO: Colhemos muitas vidas transformadas e comunidades impactadas pelo simples ato de obedecer enviando, ou melhor, abrindo mão, deixando ir. Ao nosso redor, especialmente, em Taboão, Alphaville, e bem mais longe, Calcutá (e em muito breve na cidade do Porto). Creio que isso aconteceu exatamente por seguirmos a lógica do reino de Deus. Obediência para enviar! Doando a principal riqueza de uma comunidade: pessoas! Líderes dispostos a servir cumprindo sua vocação. 

3. LIDERANÇA: Simultaneamente, o Senhor separou muitos em nosso meio à Sua diakonia (serviço) local. Foi fascinante ver Deus revelando novos (e antigos) talentos e dons para Sua obra. Pelo sopro do Espírito em nosso meio, estamos vendo: outros pastores, presbíteros, diáconos, seminaristas e muitos outros líderes-servos prontos a doarem-se ao fundamental ministério de pastorear o rebanho de Deus. Para isso, casas e corações se abriram através dos PG's (Pequenos Grupos). Nossos relacionamentos foram permeados pela Palavra, oração e a mutualidade. E a verdadeira koinonia fundamentou a amizade com Deus e uns com os outros.

Enfim, trabalhamos duro em 2010, mas será pela graça e poder de Deus, que em 2011, um novo prédio surgirá. Serão novas oportunidades, novas e criativas estratégias, mas um velho, fundamental e especial desafio: “fazer discípulos de Jesus Cristo”! 

Sim utilizaremos as melhores e mais diversificadas ferramentas, mas só realizaremos a mesmíssima e única tarefa até que Ele venha. Maranata!!!

Sim, é hora de “alargar a tenda” e o coração! Pois a promessa ao povo de Deus do passado (no verso acima) foi fazer “transbordar”. A mesma ideia utilizada por Jesus, tempos depois, quando falou de um “rio de águas vivas” que transbordaria do interior daqueles que n’Ele cressem. 

Sim, a plenitude, da vida de Cristo e do poder do Espírito Santo para a vida, a família e a igreja, é o que buscaremos unidos para transbordar para o mundo. A tradução NVI explicita: “Pois você se estenderá...”. Apesar de todas as nossas dúvidas, medos e falta de dedicação a Ele e Sua obra, confiamos na graça de Deus que fará aquilo que a nossa pequena fé deixar a desejar. 

Juntos na aventura da obediência e fé também em 2011.                 


Pr. Zé

terça-feira, 2 de novembro de 2010

PARA CELEBRAR SEMPRE

Certas datas fazem parte da nossa jornada e jamais saem da memória e do coração da gente, não é mesmo?!?
Enquanto lavava a louça do café da manhã (em comemoração ao aniversário da minha filha Isabela, 02/11), recordava e agradecia a Deus por algumas outras datas especiais desta época do ano. 
Em cada 31 de outubro, sempre relembro e reflito sobre três especiais momentos...
O primeiro,  uma das mais importantes reformas espirituais da História, a denominada Reforma Protestante. Liderada por Lutero em 31 de outubro de 1517, ecoa ainda hoje convocando os cristãos pelo mundo à transformação pessoal e comunitária através da fé em Jesus Cristo e em Sua Palavra num mundo em constante mudanças, mas carente da transformação eficaz e definitiva que só vem do Evagelho da cruz.
O segundo, é o aniversário de fundação da cidade em que nasci, Mineiros, a jóia do sudoeste goiano. A esta cidade e, especialmente, à comunidade Presbiteriana onde cresci devo muito, ou quase tudo, do que sou hoje. Ali está minha família,minhas raízes, minha identidade, que só pode ser entendida e definida melhor a partir deste contexto geográfico, social e comunitário.
 
O terceiro, pessoalmente mais especial de todos; 31/10, foi o dia da minha consagração ao ministério pastoral. Foi em 1993, um domingo, na Igreja Aliança do no Campo Belo em São Paulo. Uma cerimonia simples, num culto normal de domingo à noite, mas com um significado muito especial de compromisso e cuidado mútuo que só cresceu com o passar dos anos.  
A principal razão desta alegria são os muitos anos de perseverança e trabalho na mesma comunidade que um dia me acolheu, encorajou e me credenciou a servir formalmente o meu Senhor. O que considero uma tremenda vitória pessoal e comunitária. E, é ao Senhor que sempre dedico toda glória desta nossa singela conquista!
Para mim estes são momentos inesquecíveis pra "oxigenar a alma", renovar o coração, e principalmente, celebrar o Deus da História! 

Sou grato por poder reconhecer as bênçãos do cuidado d'Ele em minha pequena história. É um tremendo privilégio comemorar com minha família, a vida, o chamado e o singular propósito de existir para Deus num mundo carente de paz, sentido, conexão e, principalmente, da alegria e da celebração do Criador e Redentor de nossas vidas.  

Por José dos Santos Freitas que pela graça de Deus veio ao mundo em junho de 65 através das mãos da vizinha enfermeira parteira Gildásia, na residência da Rua 9, número 66, sob o olhar sempre cuidadoso do "seu" Zé de Freita e da "dona" Dé. Também pela graça e providência do Pai quando menino aprendeu da família Mendes dos Santos, Rodrigues, Filgueiras, Oliveira, Franco, Serafim, Barbosa e muitas mais na comunidade IPM-GO, uma das muitas herdeiras legítimas da Reforma espalhadas pelo nosso Brasil. Finalmente, também pelo incondicional amor de Cristo e silencioso poder do Espírito Santo continuo servindo na família Aliança Brasileira na doce companhia de amigos-irmãos até a vinda do grande Rei e Seu incomparável reino visível e eterno.    

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Espiritualidade e trabalho


“Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu também...”
Jo. 5:17.


Viver na "capital brasileira do trabalho" e maior cidade da América Latina é um desafio permanente. Mas certamente noutras partes do Brasil e do mundo hoje, especialmente, nas grandes cidades, as pessoas quase sempre estão sobrecarregadas com muito trabalho por fazer.

O que o seu trabalho tem a ver com o seu chamado? Qual a relação efetiva e criativa entre seu trabalho de cada dia e a sua missão? Qual a conexão entre a sua rotina de trabalho de cada dia e a sua adoração?

Durante as minhas férias do ano passado, li o livro “Transpondo Muralhas”, de Eugene Peterson. Um clássico da espiritualidade cristã do dia a dia que eu recomendo.

Realmente fiquei encantado e inspirado com a humanidade de Davi. Um dos maiores líderes da História e rei de Israel, foi "gente como a gente"! Um homem trabalhador, apaixonado, guerreiro, músico, poeta, humano,  mas sobretudo, uma pessoa plena diante do seu Deus.

Além de revelar de uma maneira brilhante a espiritualidade de Davi em meios às agruras da vida, Peterson, num dos capítulos dedica-se a mostrar a conexão vital entre o trabalho e a adoração. Ele afirma que o trabalho é o contexto básico da nossa espiritualidade. Pois, “A vida começa – começa de verdade – quando temos um trabalho e nos empenhamos na execução dele”.   

É desta forma que o “insignificante” trabalho de pastor de ovelhas, desempenhado por Davi tornou-se fundamental para o importante trabalho de governador da nação escolhida.

Davi foi “ungido” por Deus. E ser ungido significa receber de Deus uma tarefa. Ser “designado para” uma missão. E é exatamente esta unção que conecta o trabalho humano com o trabalho divino trazendo a real dignidade ao que fazemos no mundo.

É assim, nesta parceria com o Criador, que o trabalho do cristão num mundo sem Deus, irá oferecer sentido e ordem ao seu redor. Portanto, quando trabalhamos bem, realizando algo verdadeiramente bom, realmente nos tornamos mais parecidos com o Deus que sempre trouxe e traz, através dos seus ungidos, sentido e ordem aos caos.

Portato, adoração e trabalho são indistintos e inseparáveis. Por que o verdadeiro trabalho tem sua origem e sentido em Deus. Sim, através dos seus, Deus deseja continuar agindo, trabalhando e dando a última palavra no mundo criado, sustentado e amado por Ele mesmo.

Portanto, adoração e trabalho são expressões genuínas da vida de Deus em nós na jornada chamada vida.

Concluo com outra curta frase de Peterson que sintetiza bem o desafio da espiritualidade cristã para o trabalho em nossos dias: “Os trabalhadores do Reino não importam qual seja sua tarefa, enquanto trabalham assobiam!”.

Pr. Zé



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Treinamento para alma


 “Nenhuma mudança real pode ser feita sem a disciplina... o hábito é vital para o crescimento espiritual como o treinamento o é para quem joga futebol ou toca piano.” Os Guinness

Se a nova vida em Cristo é um ato da graça de Deus por meio da fé, qual deve ser a atitude prática que me conecta a plenitude de vida que Ele oferece?

A prática das disciplinas espirituais é um firme alicerce para o desenvolvimento de uma fé sadia num mundo doente.

As disciplinas são atividades escolhidas de maneira consciente com o propósito de nos capacitar para aquilo que não podemos por esforço direto. A prática das disciplinas é um caminho que se abre para viver e reagir em união com o fluxo da vida do reino de Deus, permitindo assim um relacionamento vivo e dinâmico com Jesus. 

São atividades históricas simples, porém, específicas: oração, silêncio, leitura, solitude, estudo, exercício físico, memorização, descanso, meditação, etc.

Se vivenciadas disciplinadamente, no poder do Espírito Santo, contribuirá no “despojar” dos condicionamentos da vida natural para o “revestir do novo homem, segundo Cristo” (Cl. 3.19-20; Ef. 4.22-24), para utilizar uma bem linguagem Paulina.

Não podemos ter nenhum senso de realização, dignidade e qualidade de vida sem disciplina. As disciplinas são uma forma simples de buscar o reino de Deus - não para merecê-lo, mas para conhecê-lo.

Portanto, o treinamento da alma, planejado a partir da graça de Cristo que um dia nos alcançou, pode sim determinar a qualidade de vida de fé e o governo de Deus na vida do discípulo de Jesus na sua geração.


Pr. Zé

Adaptado de Dallas Willard – “A Grande Omissão” e “Renovação do Coração”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Oportunidades no esporte



Nos próximos 10 anos o Brasil será palco de vários eventos esportivos que também serão excelentes oportunidades para espalhar o amor de Jesus Cristo.
  • Em 2011 o Brasil será sede dos Jogos Mundiais Militares, que serão realizados no Rio de Janeiro, uma ótima oportunidade para apresentar Cristo para pessoas que tem a função de defender e proteger pessoas e países.
  • Em 2013 a Copa das Confederações, uma prévia do maior evento esportivo, a Copa do Mundo FIFA de Futebol, uma oportunidade de evangelismo em todo o território nacional.
  • Em 2014 a tão sonhada Copa do Mundo FIFA de Futebol. Evento que mobiliza o Mundo inteiro. Por um mês todos os olhos estarão voltados para o Brasil, uma oportunidade única e histórica.
  • Em 2016 os Jogos Olímpicos de Verão, no Rio de Janeiro, será outra oportunidade na qual praticamente quase todos os países terão representantes no Brasil.
  • Há também a provável chance de em 2019 sediarmos a Copa America de Futebol outra chance para os cristãos brasileiros de trazer vidas para Cristo.
Oremos para que Deus levante pessoas e igrejas que vejam nesses eventos oportunidades de atingir vidas para Ele. Ore também para que não haja sanções contra manifestações cristãs e que o Evangelho de Jesus Cristo seja anunciado livremente com palavras e ações. 
João Cohn – Líder do Ministério de Adolescentes da Igreja Aliança do Aeroporto e estudante da Faculdade de Esportes da USP/ SP.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Todos na Missão - Sem excessão!




Interessante perceber como existe uma grande diferença em nossas igrejas quanto a definição de missionário e leigo. 

Há algum tempo atrás li o livro “Fábrica de Missionários” do Rubem Amorese no qual essa questão é bem trabalhada e questionada. O autor explica que o uso das palavras leigo e missionário trazem grandes limitações. 

A primeira desqualifica a grande maioria dos cristãos, colocando-os numa categoria de meros coadjuvantes na tarefa missionária da igreja. A segunda qualifica uma pequena minoria como sendo os únicos sobre quem pesa a responsabilidade de realizar esta tarefa.

Com isso, observa-se um grupo minoritário de pessoas, os missionários, com uma forte conviccão de chamado, estudando, preparando-se, consagrando-se à missão e envolvidos com a igreja. Enquanto que a grande maioria, os leigos, ocupam-se de alguma “missão” apenas aos domingos e levam a vida sem nenhuma preocupação com o preparo, pois não reconhecem que seu ambiente profissional e familiar são parte do chamado.


Creio que precisamos resgatar o chamado de Cristo! Chamado para ser Sua testemunha em todos os lugares, até os confins da terra. Esse chamado envolve todos os cristãos independente se enviados para uma região distante ou para exercer alguma profissão na cidade.


Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. At. 1.8

Através desse chamado, todos os profissionais devem ser instrumentos de Deus para realizar sua missão no mundo, por meio do exercício de suas profissões e no ambiente em que atuam. Inclusive, porque profissionais, na maioria das vezes, conseguem atuar e alcançar pessoas que o missionário tradicional jamais teria possibilidade.

A Missão Transformadora está ocorrendo e os missionários não são apenas os outros que enviamos para um país distante, mas sou eu e você! E o campo da missão são todos os lugares e oportunidades de realizar alguma coisa para o Reino de Deus. Não se trata apenas de projetos missionários em que alguns poucos se envolvem, mas de uma consciência missionária para a qual todos são chamados.

Pr. André Saldiba


Coordenador de missões e vocacionados - IBMorumbi/SP

MISSIONÁRIOS E/OU LEIGOS (tema original)

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Meu irmão (com enorme e santo orgulho) e agora colega na jornada do pastoreio do rebanho (rumo à obediência da Grande Comissão de Jesus Cristo nesta geração).

A disciplina da comunhão


“Não havendo sábia direção cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança”. Pv. 11.14



Uma das tentações dos cristãos pós-modernos é prescindir da comunidade. E isso custa caro! 

Hoje é muito comum encontrar pessoas que se dizem seguidores de Cristo, mas criticam e chegam até detestar a igreja e os “crentes”. 

Será mesmo possível ser discípulo sem partilhar a vida na comunidade de Cristo? Leia o que disse muitos séculos atrás um sábio pai da igreja.

“Não há nada mais destrutivo do que tentar dirigir-se a si mesmo. Por esta razão é que nunca me permiti seguir meus desejos sem procurar conselhos. Olhem bem o que está escrito (no verso acima). Vejam o que as Escrituras nos ensinam: não devemos nos estabelecer como nossos próprios guias; não devemos pensar que somos sábios, nunca devemos pensar que podemos orientar a nós mesmos. Precisamos da ajuda dos outros; precisamos de orientação, alem da graça de Deus. Ninguém é mais pobre e mais indefeso do que alguém que não tem quem o guie pelo caminho de Deus. As escrituras dizem: ‘Não havendo sábia direção cai o povo’. As folhas sempre são verdes no início, crescem rapidamente e são agradáveis a vista. Pouco depois, secam e caem e, por fim, são levadas pelo vento e pisadas. Assim é a pessoa que não é orientada por outra. No início, tem grande fervor para jejuar, vigiar em oração, estar em silencio, obedecer e outras disciplinas cristãs. Pouco tempo depois, o fogo se apaga, e sem ter quem o guie e apoie, e acenda o fogo de novo, ela seca e tornando-se desobediente, cai e finalmente se torna ferramenta nas mãos dos inimigos que fazem o que querem com ela”.

Será que você está negligenciando a Disciplina da comunhão? Está sendo seguidor de Cristo ao seu modo? Ou como descrito nas Sagradas Escrituras?

Cuidado com a autonomia! Atenção ao orgulho! Não abra mão da comunhão com o Pai e Sua comunidade. Tenha certeza, isso fará grande diferença para a sua alma e seu futuro.

Pr. Zé

Fé e Cidadania


A IGREJA E O VOTO

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O outubro está se aproximando e com isto nosso senso de responsabilidade com o Brasil se aguça. Não apenas o senso de responsabilidade da igreja com o Brasil, mas do cidadão com o Brasil, especialmente aquele que também é cidadão do Céu.


Quem vota não é a igreja, mas o cidadão. Não é papel da igreja adotar um candidato ou um partido, mas orientar sobre como votar, orar pelos governantes, confrontá-los com respeito bem como reconhecê-los em seus acertos. Por isso, precisamos ter em mente algumas coisas:


1. Deus nos deu o privilégio de viver em um país democrático. Votar é um privilégio e responsabilidade para ser exercida com consciência.


2. Não podemos esperar que todos ou um único candidato ou partido encarne os valores do Reino de Deus em seu programa de governo ou político.


3. Nenhum partido tem o privilégio de ser o partido do mal nem outro ser o partido do bem. Todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3.23).


4. Ao escolher um candidato, em oração, devemos ter em mente perguntas relacionadas com temas que estão sendo discutidos ou serão discutidos nos próximos quatro anos:


- Ele(a) é a favor ou contra o aborto?
- Qual a posição dele(a) quanto às questões envolvendo a sexualidade dos indivíduos?
- Qual a posição ou luta do candidato(a) no que diz respeito a justiça social e à corrupção?
- O candidato(a) demonstra compromisso com os valores da democracia e liberdade de expressão?
- O candidato demonstra coerência com a liberdade religiosa que nossa constituição prevê?
- O candidato(a) tem um plano para cuidar melhor do planeta?


Ore e vote com fé
Neste momento não podemos votar sem termos as informações que precisamos para fazer uma escolha sábia. Por isso pesquisemos e em um exercício espiritual também façamos nossa escolha, uma escolha pessoal e com temor a Deus (Provérbios 1.8).


Ao mesmo tempo, levantemos nossas orações pelos governantes como diz a Palavra (1 Timóteo 2.1,2), pois isto é agradável ao Senhor.

Presbitério da Igreja Batista do Morumbi-SP
Publicado com Permissão http://www.ibmorumbi.com.br/

Vale pra essa ELEIÇÃO sim!



Decálogo do Voto Ético


I. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País, Estado e Município;

II. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade noutra direção;

III. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, a bem de sua credibilidade, o pastor evitará transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário;

IV. Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, representantes das correntes partidárias possam ser ouvidos sem preconceitos;

V. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil impõe que não sejam conduzidos processos de apoio a candidatos ou partidos dentro da igreja, sob pena de constranger os eleitores (o que é criminoso) e de dividir a comunidade;

VI. Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidos com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam também pela dimensão político-institucional. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político de fé evangélica tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um "despachante" de igrejas. Ao defender os direitos universais do homem, a democracia, o estado leigo, entre outras conquistas, o cristão estará defendendo a Igreja.

VII. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um evangélico político votou de determinada maneira porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades, tratamento especial perante a lei ou outros "trocos", ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais "acertos" impliquem na prostituição da consciência cristã, mesmo que a "recompensa" seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Jesus Cristo não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz.

VIII. Os votos para Presidente da República e para cargos majoritários devem, sobretudo, basear-se em programas de governo, e no conjunto das forças partidárias por detrás de tais candidaturas que, no Brasil, são, em extremo, determinantes; não em função de "boatos" do tipo: "O candidato tal é ateu"; ou: "O fulano vai fechar as igrejas"; ou: "O sicrano não vai dar nada para os evangélicos"; ou ainda: "O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos". É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos.

IX. Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: "o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto", é compreensível que dê um "voto de confiança" a esse irmão na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. Entretanto, é de bom alvitre considerar que ninguém atua sozinho, por melhor que seja o irmão, em questão, ele dificilmente transcenderá a agremiação política de que é membro, ou as forças políticas que o apoiem.

X. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.



Fonte: AEvB, 1994.



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