Este foi o tema do sermão de Spurgeon, grande pregador do século XIX. Mais precisamente em 02 de Outubro de 1873. Seus sermões atualmente têm sido lidos através de um espaço na internet, e detalhe: um dos mais acessados. Como a sociedade pós-moderna busca (com tantos aportes na presente era) uma refrescante ideia do antigo século num sermão que supre os tantos e submersos conflitos que o século XXI nos proporciona?
Penso que não seria na verdade uma busca no passado, mas uma busca a Deus. A inquietação e desconfiança são marcas do nosso tempo. O que nos leva a falta do calmo momento da meditação, da oração silenciosa, ou ainda da leitura “orante” da Palavra de Deus. É certo que os pregadores dedicavam horas em oração, não necessariamente falavam horas em oração. Mas em todo o tempo conversavam naturalmente com Deus.
Historiadores dizem que o sentido e ponto principal dos sermões tão elogiados do século passado eram parecidos com os sermões do primeiro século dos pastores-missionários Paulo e Pedro, e estes, por sua vez parecidos com os sermões de Cristo.
No momento em que Pedro afundava naquele mar revolto, fez a mais breve e completa oração de sua vida: “Senhor, me salve!”. Sob a tensão e pressão da desconfiança e indiferença que este presente século nos apresenta, que possamos orar assim; quando as águas da vida agitar-se a ponto de perdermos por um momento o equilíbrio, que possamos orar assim: “Senhor, me salve!” Quando o medo e a solidão tentarem nos afogar que possamos orar assim: “Senhor, me salve!”.
Uma oração que cabe em qualquer momento e que nos leva a incluir outros: “Senhor, salve meu filho, meu cônjuge, meus amigos, minha pátria, minha terra, meu bairro. Enfim...Senhor, salve o nosso mundo!”
Uma oração breve, porque é melhor orar de coração. Aquele que tem o coração em Deus, não tem problemas com tempo e oração, simplesmente conversa o tempo todo com Deus. E encontra na vida diária o tempo a sós com Deus para que a conversa se prolongue no circulo: ouvir mais, falar menos e obedecer em todo o tempo!
“Senhor, nos salve de uma vida que não ora! Senhor nos salve das pressões deste século; Senhor, nos salve de votos negligentes. Senhor, nos salve! E assim como Jesus levantou a mão e salvou Pedro, nos salve de nós mesmos!‟.
“Senhor, nos salve!”
Min. Gleinice Rocha
A Glei é esposa do Pr. Denilson, mãe do Estevão e atualmente servem na Igreja Aliança do Aeroporto na liderança da Escola de Oração.