O
que fazer agora?
Converter o mundo? Não.
Converter a Igreja? A resposta é, mais uma vez, não.
Você não deve “converter a Igreja”. Seu primeiro
passo “ao ir” é por assim dizer: Converter-se.
Se desejamos despertar a Igreja e o mundo, devemos começar com a nossa própria vida.
Em momento algum nosso Mestre ordenou que convertêssemos
o mundo ou reformássemos quaisquer organizações religiosas. Mas Ele nos disse que quando estivéssemos repletos
dele, daríamos testemunho a seu respeito “até os confins da terra” (At.
1.8).
Testemunhas são pessoas por meio das quais outros
ficam sabendo de algo. Eles testemunham,
atestam, evidenciam. Apesar de não serem manipuladoras – não precisam
manipular – aquilo que fazem tem o poder
de realizar transformações radicais.
Antes o Mestre disse aos discípulos: “façam discípulos”. Essa foi a única
incumbência que recebemos dele e, para cumpri-la devemos colocar todo o resto
de lado.
É impossível privatizar o fogo de Deus que arde
através da vida de um discípulo de Jesus (Mt.5.14).
Ao recebermos, como discípulos, parte da substância da vida de Cristo, a própria pessoa de Jesus, somos capacitados para testemunhar. Aceite a Grande Comissão por meio da fé prática, e Aquele que está verdadeiramente no controle providenciará para que essa incumbência (de testemunhar) seja levado a cabo como sempre acontece quando realizamos esse passo de fé.
Talvez alguém pergunte: E quanto a Igreja e o mundo?
Eles também não precisam ser colocados em ordem? Claro que sim! Mas essa tarefa não cabe nem a você nem a
mim! E, se procurarmos, por nossa própria conta, colocar a igreja e mundo
em ordem, faremos mal a muita gente e ficaremos extremamente infelizes. Essa tarefa cabe a Deus que, por certo, não
a deixará inacabada e a realizará com perfeição.
Mas será que não precisamos fazer alguma coisa a
respeito de nossa situação neste mundo? Sem dúvida – E certamente não faltarão oportunidades... No
entanto, precisamos sempre nos lembrar de Quem está (realmente) no controle de
tudo.
A prática do discipulado, cada indivíduo sendo um aprendiz contínuo de Jesus, deve ser a nossa preocupação constante, e o resultado serão um testemunho e uma influência poderosa sobre outros ao nosso redor. Esse é o caminho garantido para mudar as coisas na Igreja e no mundo.
Dr. Dallas Willard, A Grande Omissão. Capítulo final: “Uma palavra de despedia: ‘Ao ir...’” (pág. 205-208).