quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Conectando fé e missão, por Dallas Willard


 

O que fazer agora?

Converter o mundo? Não.

Converter a Igreja? A resposta é, mais uma vez, não.

Você não deve “converter a Igreja”. Seu primeiro passo “ao ir” é por assim dizer: Converter-se.

Se desejamos despertar a Igreja e o mundo, devemos começar com a nossa própria vida.

Em momento algum nosso Mestre ordenou que convertêssemos o mundo ou reformássemos quaisquer organizações religiosas. Mas Ele nos disse que quando estivéssemos repletos dele, daríamos testemunho a seu respeito “até os confins da terra” (At. 1.8).

Testemunhas são pessoas por meio das quais outros ficam sabendo de algo. Eles testemunham, atestam, evidenciam. Apesar de não serem manipuladoras – não precisam manipular – aquilo que fazem tem o poder de realizar transformações radicais.

Antes o Mestre disse aos discípulos: “façam discípulos”. Essa foi a única incumbência que recebemos dele e, para cumpri-la devemos colocar todo o resto de lado.

É impossível privatizar o fogo de Deus que arde através da vida de um discípulo de Jesus (Mt.5.14).  

Ao recebermos, como discípulos, parte da substância da vida de Cristo, a própria pessoa de Jesus, somos capacitados para testemunhar. Aceite a Grande Comissão por meio da fé prática, e Aquele que está verdadeiramente no controle providenciará para que essa incumbência (de testemunhar) seja levado a cabo como sempre acontece quando realizamos esse passo de fé.

Talvez alguém pergunte: E quanto a Igreja e o mundo? Eles também não precisam ser colocados em ordem? Claro que sim! Mas essa tarefa não cabe nem a você nem a mim! E, se procurarmos, por nossa própria conta, colocar a igreja e mundo em ordem, faremos mal a muita gente e ficaremos extremamente infelizes. Essa tarefa cabe a Deus que, por certo, não a deixará inacabada e a realizará com perfeição.

Mas será que não precisamos fazer alguma coisa a respeito de nossa situação neste mundo? Sem dúvida – E certamente não faltarão oportunidades... No entanto, precisamos sempre nos lembrar de Quem está (realmente) no controle de tudo.  

A prática do discipulado, cada indivíduo sendo um aprendiz contínuo de Jesus, deve ser a nossa preocupação constante, e o resultado serão um testemunho e uma influência poderosa sobre outros ao nosso redor. Esse é o caminho garantido para mudar as coisas na Igreja e no mundo. 


Dr. Dallas Willard, A Grande Omissão. Capítulo final: “Uma palavra de despedia: ‘Ao ir...’” (pág. 205-208).


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