“Guarda-nos de nós mesmos e do Diabo.” (Mt. 6.13)
Esta série de mensagens sobre a família nasceu da oração e
planejamento que fizemos como liderança no final do ano passado. Definimos que
abordaríamos num determinado mês o tema família. Depois, definimos que seria em
junho. E, assim, junho chegou, ficando por minha responsabilidade dar a ênfase
específica, já que o assunto família é bastante amplo.
Quando refletia sobre esse caminho e foco específico das
mensagens, me deparei com a frase de um autor então desconhecido que dizia: "São
tempos tempestuosos... Vejo as pessoas que eu amo apanhando tanto para os
obstáculos e problemas colocados pela vida, e... me vejo nisso também. Só aguentem firme! Por favor!".
Vivemos dias difíceis, especialmente quando pensamos de
forma global, mas também ao olhar ao redor para as famílias do nosso
convívio. Também por isso é muito fácil perceber as fragilidades e tempestades
que a Igreja de Cristo enfrenta hoje. Mas, e quando olhamos atentamente para a
nossa família, para a nossa casa, não é semelhante? Dificuldades, conflitos, sofrimentos,
medos, incertezas e muita desesperança em relação ao presente e futuro.
Ao ler e me preparar para esta série, fui convencido de que a
família precisa urgentemente recuperar a visão bíblica do propósito de Deus
para ela. Também entendo que a coragem disponível para a família não vem de
outro lugar senão das Escrituras Sagradas. E que, apesar da dor e do sofrimento que
vem com as tempestades da vida, a família é chamada à saúde integral (física,
emocional e espiritual) há muito negligência ainda hoje, apesar do discurso
corrente. E, finalmente, quero chamar
você e sua família a assumirem um compromisso que pode transformar sua casa, abençoar
as próximas gerações e tocar muitas outras famílias, se encarnado, vivido e praticado
no seu dia a dia.
Essa frase de Timothy Keller sintetiza o encorajamento que
desejamos para as nossas famílias neste mês: "Deus não promete uma vida sem tempestades, mas promete
estar conosco em meio às tempestades". Viver é aprender a lidar com as
incertezas com a firme confiança e convicção da presença e companhia do Senhor
da vida e das tempestades. Como afirma o autor de Hebreus (13.5): “porque Deus disse: ‘De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei’. Assim,
afirmemos confiantemente: ‘O Senhor é o
meu auxílio, não temerei’”.
Quando o Senhor Jesus Cristo nos ensinou a orar, Ele sabia
bem que a vida teria “dias tempestuosos”, por isso mesmo Ele foi cuidadoso em nos
ensinar a pedir (Mt.6.13): “não nos deixes
cair em tentação; mas livra-nos do mal". Ou simplesmente como traduziu
Eugene Peterson: “Guarda-nos de nós
mesmos e do Diabo”.
O convite deste mês é para que achemos novamente o caminho
da resiliência e força em Deus em meio às nossas dores e fragilidades dos dias
tempestuosos. Como nos sugere o experiente pastor e autor Bryan Chapell numa de suas mensagens: “Eu aprendi a não ir aos arquivos doloridos
da memória, sem antes destrancar aqueles arquivos com a chave chamada
misericórdia”.
Seja bem-vindo à misericórdia graciosa do Pai!
Pr. Zé