quarta-feira, 28 de junho de 2017

Servindo ao Senhor com ALEGRIA


Por ter ousado pregar a Cristo como verdadeiro rei e não César, Paulo estava na prisão, possivelmente em Roma, e se deparava com a perspectiva real de execução (1.13-14, 21). Sua carta começa com uma oração de grande alegria pelo fato de que os filipenses não o ignoraram ou abandonaram seu apóstolo aprisionado, mas permaneceram solidários com ele.

Esta solidariedade é descrita no grego como “koinonia”, a palavra que frequentemente é traduzida por “comunhão” ou “parceria”. A comunhão que os crentes de Filipos tiveram com Paulo não foi uma xícara de chá após o culto ou uma noite agradável de estudo bíblico. Os filipenses e Paulo eram juntos, participantes da graça de Deus por meio de Jesus Cristo (Fp. 1.7). À semelhança de Paulo, eles estavam aguardando o dia de Cristo, quando por sua morte e ressurreição, eles seriam puros e inculpáveis, cheios do fruto de justiça (1.9-11; 3.8-10). Deus começara uma boa obra neles e levaria até o fim (1.6).  

Esse foi o evangelho que os filipenses ouviram e, pela graça de Deus, creram. Era o evangelho que falava sobre um Cristo sofredor que morreu e ressuscitou para trazer justiça e salvação  para seu povo (3.7-9). Aceitar este evangelho significa estar disposto a sofrer como o próprio Cristo. Permanecer ao lado do evangelho e sofrer por Cristo, afirma Paulo, é um dom da graça de Deus (1.7, 29).

Assim ele instou os cristão comuns residentes em Filipos a permanecerem firmes em sua parceria no evangelho em face a hostilidade e perseguição. Vivendo de uma maneira digna do próprio evangelho (1.27-30), como parceiros no sofrimento, parceiros na “defesa e confirmação do evangelho”, parceiros de Paulo e uns dos outros.

Essa é a razão porque a unidade é tão importante na congregação e porque reclamar, murmurar e discordar é totalmente inapropriado. A maravilhosa passagem sobre a humildade de Cristo, centrada em outros (capítulo 2) era, no contexto, uma chamada a que os filipenses se despissem de motivos egoístas e rivalidades tolas para lutarem juntos pela causa do evangelho, brilhando como faróis na sociedade corrupta que os rodeava (2.14-16). Além de Jesus, Paulo mencionou Timóteo e Epafrodito como dois exemplos notáveis que os filipenses deveriam imitar (2.20-26)

A parceria no evangelho é a vida cristã normal. Não há duas classes de cristãos – os cooperadores e os espectadores. Estamos todos unidos e servindo no evangelho. Vivendo como cidadãos do céu no meio de uma geração corrupta, labutando, proclamando, enfrentando o conflito, a luta e a perseguição que seguem inevitavelmente esse “servir ao Senhor com alegria” ao oramos (1.19), apoiarmos financeiramente (4.14-19) ou sofrermos oposição seja de fora ou até de dentro (3.17-4.1).

Em filipenses aprendemos que estamos juntos no evangelho. Somos parceiros em um grande empreendimento: a missão do evangelho de Cristo! Não importa o que aconteça, vamos lutar juntos pelo avanço do evangelho.

Paulo era um líder servo fiel. Um exemplo na luta pelo evangelho. Líderes, pastores e presbíteros são chamados hoje a ensinar, advertir, repreender e encorajar. Serem mestres e modelos provendo as condições sob as quais os demais parceiros no evangelho podem também realizar a obra de videira – falando dedicadamente a verdade de Deus aos outros.

Portanto, em um nível muito profundo, todo cristão é um parceiro do evangelho. Não há status ou categorias diferentes de cristãos, nem tarefas fundamentalmente diferentes ou especiais – como se alguns líderes fossem os verdadeiros “atores” e o resto da congregação fossem espectadores ou equipe de apoio. Todo cristão é chamado ao evangelho; O que implica que todos nós somos servos, trabalhadores da videira com a alegria e responsabilidade servir juntos para o avanço do evangelho hoje como fizeram os filipenses em seu tempo.

Pr. Zé


Adaptado do livro “A Treliça e a Videira” (capítulo 5: “Culpa e Graça”, pág. 69-76).

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