segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ORAR, ser e fazer


De manhã ouves a minha voz; quando o sol nasce, eu faço a minha oração e espero a tua resposta.Salmo 5:3


Davi não apanhava uma flecha para colocá-la na corda do arco e atirá-la em qualquer direção, mas tendo apanhado a flecha escolhida e a colocado na corda, ele se fixava no alvo. Olhava - olhava bem - para o círculo branco do alvo; mantinha seu olho fixo no mesmo, dirigia sua oração, então puxava o arco com toda sua força e deixava a flecha voar. Uma vez em pleno vôo, tendo ela deixado suas mãos, o que diz ele? "Olharei para cima." Olhava para cima a fim de ver onde a flecha foi e saber que efeito havia causado, pois esperava resposta as suas orações e não era como muitos que raramente pensam em suas orações depois de as haverem proferido. 

Davi sabia que tinha diante de si uma obrigação que requeria toda a sua capacidade mental; ele punha em ordem de batalha suas faculdades e partia para a obra de maneira dedicada, como alguém que cria na mesma e desejava obter sucesso. 

Deveríamos tanto arar cuidadosamente como orar cuidadosamente. Quanto melhor o trabalho mais atenção ele merece. Ser diligente no seu trabalho e negligente no lugar de oração, é nada menos do que blasfêmia, pois é uma insinuação de que qualquer coisa servirá para Deus, enquanto que o mundo deve ter o melhor de nós. 

Palavras do príncipe dos pregadores Spurgeon - 1869.


Eu penso que orar deve exigir de nós sim uma maior dedicação, ao ponto de fazer parte intimamente do nosso ser, diferentemente da análise atual em que definimos a oração como somente uma tarefa. 

Quando encontramos alguém com quem amamos conversar, isto se torna prazeroso e natural, assim deveria ser nossos encontros com Deus – importantes e sérios, mas também momentos de satisfação e contentamento. 

Deve ser um momento de celebração, que nos exigirá capacidade mental, organização e diligência, e ao mesmo tempo um encontro entre amigos, ou se preferir, encontro de pai e filho, de tutor e aprendiz, de mestre e discípulo, ou ainda encontro de servos. 

Ao orar considere três posturas: Profunda espiritualidade que reconhece a oração como sendo conversa real com o Deus invisível – clareza que evidencia realidade na oração, pedindo por aquilo que sabemos necessitar; também considerar muito fervor, crendo que é realmente necessário aquilo que desejo, estando dispostos a obtê-lo pela oração e desde que seja possível diante do Pai; e não menos importante, mas acima de tudo isso,completa submissão, deixando-se ainda na perfeita vontade do Mestre. 

Tudo isso deve ser misturado uniformemente e então, penso teremos uma ideia clara do que é submeter sua causa diante de Deus. Ainda assim, a oração é uma disciplina que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o manifesto de todas as orações. 

Clame pela oração ser em você - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração, porque nos momentos em que não puder orar, é que realmente estará fazendo a melhor das orações. Às vezes quando não sentimos nenhum tipo de conforto em nossas súplicas e nossos corações estão quebrantados e abatidos, é que realmente estamos em sintonia na conversa íntima com o Altíssimo e conversando como Ele quer e requer de nós! 

Oremos. Oremos. Oremos.


Min. Gleinice Rocha

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