sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pudim de pão com quiabo


Vamos por partes. Na semana passada comi um pudim de pão depois de anos. Uma amiga da igreja me presenteou com a guloseima caseira feita por ela. E que delícia!

Depois do primeiro pedaço vieram as lembranças. Era carnaval de 1979. Eu participava de meu primeiro acampamento de jovens, embora ainda fosse “dos adolescentes”.

Estava maravilhado com a nova fase. Era quase um sonho estar ali no sítio do “seu” Pedro com os jovens da igreja. Mal sabia eu que aquele seria de fato um fim de semana pra eternizar na memória.

Lembro-me que no meio da tarde foi servido um pudim de pão feito por “dona” Enedir. Uma iguaria que não fazia parte do vasto e incomparável cardápio de minha mãe. Experimentei, e simplesmente adorei!

Jogamos futebol. Tomamos banho na cachoeira. Jantamos juntos e seguimos direto pro tempo de reflexão. Depois de algumas canções, ouvi uma mensagem que mudou algo profundamente dentro de mim.

Não há como explicar, mas depois daquela simples oração, no sábado de carnaval, meu jeito de ver e viver a vida jamais seria o mesmo. Até hoje, quando como pudim de pão, logo aquele dia vem em minha imaginação; E me pergunto, terá sido a oração ou o pudim de pão?

Mas, afinal, e o quiabo, o que tem haver com a história? Tudo. Era algum tempo em 1967. A igreja presbiteriana havia convidado um preletor especial para sua conferência evangelística daquele ano.

E o tal “reverendo” logo cativou seus ouvintes. Bom contador de história que era, emendou a sua experiência de não gostar (na verdade, detestar) de quiabo. Até que foi desafiado pelo “reverendo” local a experimentar o quiabo feito por sua esposa Iracy. Ele garantia: “incomparável, você precisa experimentar!”. E não é que ele gostou mesmo!

E naquela noite um pai de família, intrigado com a fé de sua filha, estaria ali justamente pra ouvir a tal “história dos crentes”. Mas foi cativado mesmo pela bem humorada história do pregador.

E não deu outra. No meio da história do Evangelho (ou do quiabo, não sei), o tal reverendo emendou: “Se você diz hoje que não gosta de Cristo, mas não experimentou seu amor, não vá fazer como eu”.

E, ao fazer o convite, lá estava o “seu” Zé de Freitas (meu pai), que mesmo com seu sapato sem uma parte da sola, foi até a frente arrastando o pé pra finalmente orar e experimentar o amor de Cristo pela primeira vez.

Mais uma vez volto a perguntar, será a oração ou o quiabo da “dona” Iracy? Não sei.


Afinal, de quem serão os créditos do mensageiro do Evangelho ou da culinária de certas prendadas e abençoadas mulheres do Reino?

Um dia saberemos, com certeza! 

2 comentários:

  1. É meu querido brother, as intervenções do nosso Senhor são fora do comum, ou, na verdade, dentro das coisas mais comuns no nosso dia a dia. E por que não acompanhadas de uma boa comida...?
    Lembranças como as suas, são dignas de louvores ao nosso Maravilhoso Deus! Aleluias ao nosso Senhor pelo "seu" Zé.

    ResponderExcluir

Quer acrescentar ou comentar? Fique à vontade para regristrar aqui.

Postagem em destaque

O Drama das Escrituras: Os seis atos da história Bíblica

  "Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste." Cl. 1.16,17 A nossa série das ...