(foto: Alexandre Salvador/VEJA) |
Em uma hora, aproximadamente, acontecerá o primeiro jogo de
futebol após a tragédia com a equipe da Chapecoense.
Foi uma semana diferente para o mundo da bola. Uma semana de
dor, reflexão e solidariedade que tocou o país do futebol e o mundo.
Para mim essa tão triste semana foi bem exemplificada no generoso
abraço de uma mãe que perdera seu filho no jovem repórter que também chorava
por dentro por seus amigos e colegas de trabalho da imprensa.
Por um lado foi lindo ver a solidariedade em profusão. Pena
que neste tempo e nesta geração, a solidariedade dure tão pouco.
Segundo o dicionário Aurélio, solidariedade significa: “Qualidade
do que é solidário”; “Dependência mútua”; “Reciprocidade de obrigação e
interesse”.
Oxalá, que o egocentrismo e pragmatismo que domina o nosso tempo
fossem sepultados com toda a falta de responsabilidade, toda inquietante pressa,
toda absoluta ganância e arbitrariedade desta e de muitas tragédias ao nosso
redor.
#FORÇACHAPE |
Oxalá, pudéssemos realmente aprender com profundidade e verdadeira
excelência as lições desta tragédia que abalou o insano e fragmentado mundo pós-moderno. Infelizmente ou felizmente o tempo vai
passar, e as pessoas dirão: “é vida que segue”, o futebol e a imprensa dirão: “bola
pra frente”. E, provavelmente nem a minha e nem a sua memória se lembrará com
passar dos dias, e a pressa e a pressão da vida.
Mas tomara que quando o futebol voltar, daqui a pouco, e o
Brasil e o mundo começar a deixar de cantar para a CHAPE, lá no fundo da nossa
alma possamos guardar sempre viva em nossa memória duas coisas.
Primeiro, que sim vivemos num mundo imperfeito de pessoas
imperfeitas, egoístas e vaidosas, mas que no fundo no fundo precisam sempre de um
encontro, um abraço; precisam de pessoas, de amigos; precisam de um Pai,
necessitam desesperadamente de Deus!
Segundo, que sim vivemos ao lado de pessoas feridas, num
mundo ferido, materialista e pragmático, uma sombra do que virá; por isso vivamos o hoje na certeza de que não muito adiante, os que crêem voltarão para casa do Pai; lá sim um lugar e
um outro tempo, em que a solidariedade durará para sempre!
O futebol voltou, oxalá ele jamais seja o mesmo!
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