sexta-feira, 3 de junho de 2011

O impossível Alcançar?


Com fé o impossível torna-se possível...

Quando vi pela primeira vez a peça O Homem de La Mancha, baseada na obra Don Quixote de La Mancha, de Miguel Cervantes, fiquei impressionado. Nesta linda história, Don Quixote conhece Aldonza, uma garota maltrapilha, menina da vida, cheia de vergonha e desgosto por causa de seu passado promíscuo. 

Depois de ter perdido todos os traços de dignidade e todos os vestígios de respeito próprio, Aldonza é consumida pela vergonha e pelo remorso. 

Quixote entra em sua vida e, por razões extremamente nobres, tenta ganhar sua amizade e despertar nela um senso de dignidade, valor e propósitos. 

Todos os seus esforços, no entanto, são inúteis. Ela rejeita cada uma de suas tentativas.

Quixote cria um apelido carinhosos para ela, chamando-a de "Dulcinéia" - sua pequenina e doce donzela. Outras vezes ela a chama de "minha senhora", a fim de dar um sentimento de que faz parte de um ambiente aristocrático.

Um dia ele menciona ambos os nomes com um gesto espalhafatoso. Quando ela o escuta, entra com muita raiva no quarto e lhe diz, com todas as letras, como está longe de ser uma senhora. Ao descrever um passado que inclui uma mãe que a abandonou, um pai cuja identidade é desconhecida e homens que lhe pagaram por um contato breve, ela revela o quanto seu pensamento é pequeno sobre si mesma.

Ela então repreende Quixote por seus esforços em tentar melhorá-la. Afinal, não seriam os sonhos bons demais para serem verdade em se tratando de alguém sem esperanças de alcançá-los? Ela se enxerga indigna de ser qualquer coisa, a não ser o nada que é.

Mas não é assim que o Pai vê esta criatura ferida e assustada que é a sua própria criação. E não é assim que Ele quer que ela veja a si mesma.

O poder vital que nasce do Pai, criativo e gerador de vida em Quixote, a ele concedido através de Jesus Cristo, por meio da ação do Espírito Santo, é que faz Aldonza reviver. Restaura seu senso de dignidade pessoal e a faz ressuscitar em novidade de vida.

Mas, em uma daquelas trágicas ironias da vida, Quixote adoece mortalmente - com sua mente cansada por causa de seus muitos pensamentos, e seu corpo ferido por ter lutado demais, seu coração partido por ter amado demais.

Aldonza corre até seu leito de enfermidade a fim de oferecer-lhe consolo. O Abba Criador, habitando na alma graciosa de Aldonza, ali transformada indiscutivelmente em Dulcinéia, está com ela, ajudando-a a reanimar Quixote.

Ela se ajoelha e implora a Quixote que se lembre de seu sonho em relação a ela, seu sonho para transformá-la em Dulcinéia. Nas expectativa de que se puder reacender este sonho nele, se calor irá trazê-lo de volta à vida. Ela, então, o relembra repetidamente da graça e da glória que ele viu e que tentou suscitar nela.

Quixote se agita ao lembrar. Então, recebendo suas palavras e gestos, ele ousa esperar que aquilo que atreveu em relação a ela tenha sido mais que um sonho.

Aldonza o estimula a ir além, lembrando-o da busca sobre a qual ele muitas vezes falou - uma busca de bravura, honra e aventura.

Finalmente, o sonho é reacendido em Quixote ele fala mais uma vez da busca gloriosa. Mais forte agora, e pronto para novas aventuras, chama seu fiel escudeiro Sancho e solicita sua espada e sua armadura. Quixote então, se ergue renascido!

O poder criativo do amor do Pai que habita em Aldoza através do Espírito de Jesus Cristo reacendeu a chama quase extinta no coração do Homem de La Mancha. E assim ele reinicia sua busca. Até a morte, ele perseguirá seu sonho impossível.

O mundo espera, anseia pela evidência de que o sonho impossível é possível, que o amor existe, que ele tem um nome:Jesus Cristo! Que ele, é a única opção de felicidade neste mundo e de eterna alegria no mundo por vir. E que através da ternura concedida pelo Espírito de Jesus, nos tornemos pessoas que vivem somente para amar e revelar amor a outras.

Se você tem um sonho, ele é apenas um sonho; seu eu tenho um sonho, ele permanece somente um sonho. Mas se nós todos temos o mesmo sonho, mesmo se for um sonho impossível, ele se tornará realidade.

Este sonho compartilhado é a realização da vida, morte e ressurreição de Jesus - o brilho flamejante de um novo Pentescostes tomando o mundo de assalto por causa da ternura cheia do Espírito das Dulcinéias e dos Quixotes que sonham o sonho impossível e correm onde os valentes não ousam correr.


Brennan Manning, A sabedoria da ternura - parte do capítulo IV, O sonho impossível.  





DEDICO AO AMOR DA MINHA VIDA, GLAUCIA FREITAS...


Eu tenho tanto pra lhe falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você

E não há nada pra comparar
Para poder lhe explicar
Como é grande o meu amor por você

Nem mesmo o céu nem as estrelas
Nem mesmo o mar e o infinito
Não é maior que o meu amor
Nem mais bonito

Me desespero a procurar
Alguma forma de lhe falar
Como é grande o meu amor por você

Nunca se esqueça, nem um segundo
Que eu tenho o amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você

Mas como é grande o meu amor por você

Composição: Roberto Carlos





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