quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

FUTEBOL, bem mais que um jogo!




Enquanto eu aguardava o término do treino de handebol da minha filha Isabela no Centro Olímpico do Ibirapuera em São Paulo, me deparei com essa frase de Nelson Mandela na pequena exposição de artes esportivas ali:

“Arte e esporte tem o poder de mudar o mundo, o poder de inspirar, o poder de unir as pessoas como poucos conseguiram. Arte e esporte podem criar esperança onde antes só havia desespero. São instrumentos de paz mais poderosos do que governos”.

David Oakley sugere três motivos pelos quais deveríamos levar mais a sério o futebol e o esporte em geral como porta efetiva para a transformação do ser humano.

Primeiro, o futebol é uma linguagem do nosso tempo em praticamente todas as culturas do mundo pós-moderno.

Através de uma bola diferenças econômicas, políticas, religiosas, sociais, etc. são minimizadas promovendo a oportunidade para o diálogo, interação e a cooperação entre pessoas. Até a mesmo a barreira de linguística pode ser superada, quando pessoas de diferentes culturas com boa vontade se encontram para jogarem juntos. A bola, o jogo em si, se transforma numa forma de se comunicar que aproxima e integra.

Segundo, o esporte, especialmente o futebol hoje, é um grande fenômeno social global.

Calcula-se que a quase a metade do planeta tenha assistido última partida da Copa do Mundo de Futebol. Através de uma tecnologia cada vez mais globalizada, os Jogos Olímpicos como aconteceu em Londres 2012, por exemplo, tornou-se uma atração, em tempo real, para bilhões de pessoas espalhadas pelos mais de 200 países envolvidos. Mas essa relevância social e cultural do esporte para a pós-modernidade também pode ser percebida através da crescente valorização do lazer na cultural atual. Hoje, o lazer, a saúde e a qualidade de vida são valorizados e explorados como atividade econômica que movimentam uma enorme indústria mundial, concordemos ou não, é o que acontece.

Terceiro, o futebol é um microcosmo preciso da vida.

Além deste caminho natural ao coração onde o quase, literalmente, o mundo inteiro, ganha saúde e se diverte, o esporte providencia o ambiente para a amizade e o ensino como poucas atividades fazem. Os 90 minutos de um jogo tem o poder de nos envolver em fortes emoções, mas também são uma ótima representação da nossa vida como um todo. Vida (com começo, meio e fim) que como num jogo, são dedicadas a uma jornada de aprendizado, experiências e realizações que de fato “não tem preço”.  É neste sentido que o jogo torna-se então o canal preciso, o instrumento poderoso para a mensagem que transforma e educa. Ele cria oportunidades. Dá possibilidades e uma diversidade de dimensões que o educador precisa para construir a mudança para vida.


Nas precisas palavras do próprio Oakley (que neste ano tive o privilégio de dar uma carona por ocasião do encontro internacional de Ambassadors In Sports no Brasil):

“Este lindo, inexplicável e agonizante jogo. O mais simples e o mais complicado de todos os esportes do mundo. Onze homens (ou mulheres) carregando o poder de dividir uma cidade ou unir uma nação, correndo atrás de uma pequena bola, para realizar sonhos ou despedaçar corações”.

Você pode achar irrelevante, ridículo e até odioso o futebol e o esporte em geral, mas não tem como negar a influência, a paixão e até a devoção que hoje move mentes, corações e vidas para o bem ou para o mal.


Eu concordo com o Mandela. Amo sim esse jogo! E faço a minha oração para que as amizades e transformações que experimentei através do futebol, especialmente, possam alcançar crianças e jovens para uma sociedade brasileira mais livre, justa e digna, como o Criador projetou.


  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quer acrescentar ou comentar? Fique à vontade para regristrar aqui.

Postagem em destaque

O Drama das Escrituras: Os seis atos da história Bíblica

  "Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste." Cl. 1.16,17 A nossa série das ...