sexta-feira, 24 de julho de 2020

AMIZADE


Pensamos que somos nós quem escolhemos os nossos companheiros. Mas na realidade, uma pequena diferença na data de nosso nascimento, alguns poucos metros de distância de nossa casa, a escolha de uma escola ao invés de outra, servir o exército em uma unidade diferente, o descuido de levantar um tópico de conversa, ou não levantá-lo, em nosso primeiro encontro, qualquer uma dessas alternativas pode nos manter afastados uns dos outros.

Mas, para o cristão não existe coincidência. Um invisível Mestre de cerimônias está trabalhando, Cristo, aquele que disse aos seus discípulos: “Não foste vós que escolhestes a mim, mas eu escolhi a vós outros” é o mesmo que realmente pode dizer a um grupo de amigos cristãos: “Não foram vocês que escolheram ser amigos uns dos outros, mas eu quem escolhi vocês para serem uns dos outros”.

A amizade não é uma recompensa pela nossa discriminação e bom gosto em escolhermos uns aos outros. Ela é um instrumento pela qual Deus revela a beleza de um amigo ao outro. Eles não são mais belos do que milhares de outros homens, mas por meio da amizade Deus abre os nossos olhos para perceber a beleza deles.

Os amigos são, como toda beleza, originados em Deus. Logo, uma boa amizade é desenvolvida por meio dele. É por instrumentalidade dele que ela é criada e revelada.

No banquete da amizade é Deus quem prepara a mesa e também escolhe os convidados. É ele quem às vezes preside a mesa, e nós deveríamos sempre desejar que ele sempre pudesse presidir o banquete. Que não ousemos jamais saborear este banquete sem a presença do nosso Anfitrião! 

C. S. Lewis

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